ORGULHO
Talvez o pior dos pecados. De que maneira o orgulho é incentivado quando julgo que só minha religião é correta, que tenho mais "luz" que todos os outros. Que somente em minha igreja é que ocorrem milagres verdadeiros e que os milagres e inspirações em outros lugares são suspeitos ou de segunda categoria?
Como isso pode refletir em minha vida, de forma a semelhança aos judeus que se tornaram odiosos e chatos, repudiavam gentios, olhavam de cima para baixo...de que maneira isso pode repetir em minha vida se eu tiver os mesmos ingredientes?
De que maneira posso repetir a historia dos judeus valorizando mais o templo que o Senhor, mais a minha igreja, a organização, que o proprio Deus, mais a lei que o autor da lei, autor este que ensina muito mais coisas, mais profetas mortos e o espirito de profecia neles, que o dom do espirito santo dado a todos hoje ? (I corintios 14:31 "porque todos podereis profetizar), mais uma doutrina ou outra, dando ênfases e importancia as mesmas que não pertencem nem ao evangelho e nem as necessidades das pessoas, enquanto negligenciam coisas muito mais importantes como a humildade?
De que maneira isso me fará segregar e marginalizar pregadores, livros, mensagens inspiradas, pessoas boas e de Deus, por não terem as insigneas da minha religião?
Convido a todos os adventistas, TJs, exclusivistas em geral, ex , a refletirem sobre isso, e se tiverem maior interesse a lerem o perfil psicológico do crente exclusivista, isto poderá muito ajudar,
http://igrejaadventista.no.comunidades.net/index.php?pagina=1413920832
Exclusivismo
Fonte: http://igrejanoslares.com.br/category/noticias/pedrasnocaminho/exclusivismo/
- – Possuirmos uma forma particular de adoração: hinos, formas de reunir etc., que não aceita as demais simplesmente porque são diferentes ou, do nosso ponto de vista, não são tão espirituais (1 Co 3:3, 12:25, 2 Co 3:17, Gl 2:4, 4:26, 31, 5:1; 2 Sm 6:14, 22:20; Is 61:1). A aversão ao ritualismo religioso dos outros, por fim cria o ritualismo próprio, igualmente sectário e geralmente mais frio e impessoal, dada a “superioridade espiritual” do grupo.SISTEMATIZAÇÃO
- SUPERIORIDADE ESPIRITUAL – Acharmos que somos mais espirituais que os demais irmãos (Pv 22:4, Sf 2:3, Cl 3:12, Tg 3:13). Ainda que tal situação fosse verdadeira, o crescimento de vida implica a humildade diante de Deus, como pequeninos em Cristo (Mc 10:14), mas alguns “inculcando-se por sábios tornaram-se loucos…” (Rm 1:22), ignorando que “…o saber ensoberbece, mas o amor edifica. Se alguém julga saber alguma coisa, com efeito, não aprendeu ainda como convém saber” (1 Co 8:1b). Por isso está escrito”destruirei a sabedoria dos sábios e aniquilarei a inteligência dos instruídos” (1 Co 1:19). Tal superioridade maligna apenas semeia discórdia entre os irmãos e aniquila a luz, levando tal pessoa ou grupo para as trevas da ignorância, como está escrito: “…graças te dou, ó Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e instruídos e as revelastes aos pequeninos” (Mt. 11:25), pois a soberba precede à ruína (Pv 16:18), é abominável (Am 6:8), é enganosa (Ob 3), é procedente do coração e contamina o homem (Mc 7:21-23) e será abatida por Deus (Is 13:11);
- SUPERIORIDADE DOUTRINÁRIA – Acharmos que temos “as verdades” e que os “pobres irmãos que não reúnem conosco” não as possuem e por isso estão em um nível inferior tanto na doutrina quanto no crescimento de vida (Fp 2:3). A contradição surge quando se verifica que a maioria das verdades estão nas prateleiras das bibliotecas e não no bom depósito da fé (2 Tm 1:12) e, quando muito, foram apenas lidas ou entendidas, mas nunca experimentada na prática. A fé objetiva ainda não passou pelo fogo para ser provada e se tornar a preciosa fé subjetiva em nossas vidas, misturando-se com o nosso viver (1 Pe 1:6-9), produzindo assim a salvação de nossas almas e isso ocorre no dia-a-dia e não em reuniões “recheadas de verdades”. O confronto da prática diária com a superioridade doutrinária, na luz de Deus, revela apenas o engano do “falso crescimento” e do pecado de presunção;
- SECUNDARIEDADE – Nos apegarmos a pontos secundários da fé, não recebendo os que também se apegam a tais pontos: batismo, falar em línguas e demais dons, negligenciando assim Romanos, cap. 14. “Sem Romanos 14, jamais poderemos ter a vida do Corpo. A maioria dos que estão falando sobre a vida do Corpo não a têm; eles apenas têm uma divisão…se quisermos ter a unidade, temos que nos tornar bastante gerais.” (Peculiaridade, Generalidade e Sentido Prático da Vida da Igreja, pg. 27). Teoricamente, o grupo afirma que Cristo é o centro e nada mais importa, mas, na prática, os pontos secundários são igualmente importantes e devem ser preservados. Para constatar esse fato basta apenas tentar excluir ou não praticar qualquer um desses pontos secundários; quando fizer isso, você verá quanto forte é a reação do grupo;
- BIPOLARIZAÇÃO – Tivermos sentimento bipolarizado na comunhão e tratamento, criando inconscientemente dois grupos distintos: o primeiro formado por NÓS (os que afirmam viver a unidade) e o segundo, formado pelo demais cristãos (os que não estariam “nessa” unidade). Como não é mais possível utilizar o termo NOSSA IGREJA para o primeiro grupo, este passa, sob o manto de uma falsa espiritualidade, a designar os demais filhos de Deus com pronomes e adjetivos que apenas realçam a doença oculta e sutil do sectarismo (Sl 133). Assim os dos segundo grupo são chamados de: ELES, os irmãos de denominação, os irmãos que não reúnem conosco, os que estão na religião, “os nossos amados irmãos” que estão na divisão, etc. Tal sentimento faccioso na maioria das vezes é involuntário devido à ignorância, mas quase sempre não é devidamente combatido, o que permite sua propagação e infiltração no coração dos crentes, mesmo diante das advertências da Santa Palavra (Tt 3:10, Tg 3:14, Rm 16:17, 1 Co 1:10, 11:8, 12:25). Assim como a igreja não possui sobrenome, os irmãos também. Somos apenas irmãos (Mt 23:8) nem mais, nem menos que isso, sem quaisquer qualificativos, graças a Deus (1 Co 15:10). Geralmente a unidade restaurada no início, degrada-se para a “nossa unidade”, isto é, a unidade de um determinado grupo, quando deveria ser a unidade de todos os filhos de Deus (Jo 17:21). Começam então a haver contradições e conflitos difíceis de serem solucionados, tendo em vista o fortalecimento do sentimento de igreja enquanto assembléia (um grupo de cristãos) e arrefecimento do sentimento de igreja enquanto Corpo de Cristo no aspecto local e universal;
- FIDELIDADE MINISTERIAL – Seguirmos um Ministério específico, reportando-nos a tal ministério humano, seguindo cegamente suas orientações (1 Co 7:23). Tal atitude criaria o que o irmão W. Nee chama de igrejas ministeriais, que são sectárias. O mais perigoso ainda é quando tal ministério exige obediência e fidelidade. Contra essa atitude, Pedro adverte “Pastoreai o rebanho de Deus que há entre vós, não por CONSTRANGIMENTO, mas ESPONTANEAMENTE, como Deus quer…nem como dominadores dos que vos foram confiados, antes, tornando-vos modelos do Rebanho” (1 Pe 5:2,3). Alguns têm utilizado versículos que falam sobre “preservar a unidade e unanimidade” como sendo fidelidade a determinado ministério. Tais ministros se esquecem que a unidade e unanimidade de que trata a Bíblia não é produto da intervenção humana, mas a constatação de uma realidade espiritual profunda: a vida que nos une! Não há nada que possa unir e manter unidas pessoas com histórias de vida tão diferentes, de diferentes culturas, classes sociais e pontos de vista, a não ser a vida divina, por isso, na oração sacerdotal, o Senhor pediu ao Pai: “a fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e eu em Ti, também sejam eles em nós”. Essa é a verdadeira unidade;
- MEDO – Através da utilização descontextualizada de versículos relativos a “negar a vida da alma” (Mt 16:24), “sair da mente” (Rm 8:6), “não tocar o ungido de Deus” (1 Sm 24:10) e “respeitar as autoridades” (Rm 13:1,2) os irmãos são direcionados a não pensar, no sentido de deixarem de raciocinar, a fim de que não vejam a situação em que se encontram. Freqüentemente os irmãos que começam a questionar a situação são taxados de mentais, almáticos e divisivos e são invariavelmente induzidos a pensar que o problema são eles próprios. Mas o homem espiritual julga (analisa e decide) todas as coisas (1 Co 2:15) e não procura agradar a homens, mas a Deus (Cl 1:10; Gl 1:10; Cl 3:22; 1 Ts 2:4);
- PROIBIÇÃO A QUALQUER QUESTINAMENTO – tal proibição é uma decorrência do MEDO, visto acima. O que mantém um grupo no exclusivismo e ainda prolonga sua pífia existência é uma desesperada necessidade de proibir que os irmãos questionem a situação em que se encontram. Ninguém pode pensar, refletir, buscar explicações, ler outros livros, conversar com determinados irmãos nem, muito menos, dizer aos outros que têm dúvidas quanto ao grupo. A doutrina da infalibilidade de determinado ministro já foi utilizada na história do cristianismo em várias oportunidades. Para essa doutrina, as lideranças não devem ser questionadas porque são a voz de Deus na terra e, portanto, simplesmente são infalíveis. Contudo, em um ambiente saudável, todos são livres para expressar seus sentimentos e assim, diante da luz do Senhor, resolver suas diferenças e promover o crescimento do Corpo.